domingo, 9 de agosto de 2015

Especial de Dia dos Pais

Feliz dia do...
“não precisa chamar o técnico, eu sei resolver”
“pra quê pagar frete?; eu posso buscar”
“mas não é a tua vez de trocar a fralda?; eu já troquei da outra vez”
“cobram isso pra consertar uma coisa simples dessa?; durepoxi, super bonder e fita resolvem tudo”
“já fez a tarefa?”
“vai sair com quem?”
“vai estudar”

Crônica - Fuga do inferno

                Por que fizeram isso? Não havia outro lugar para cometer este tipo de atrocidade, essa barbárie que me atinge nesse momento? Estou aqui, estirado em um vagão de metrô, com vários corpos mutilados ao meu lado, tentando a fuga deste inferno. Não consigo, pois eu tento manter meus olhos abertos, mas estou tão, tão cansado. Mas por qual motivo? Eu acabara de acordar para ir ao serviço, estava disposto, e agora me encontro neste estado, sem ter feito qualquer tipo de atividade ou exercício físico? Esse dia estava tão tranquilo. Precisava estragar?
                Me dê um bom motivo para existir esse tipo de coisa, um atentado a metrô. Já não basta a dor e sofrimento vivido pelas pessoas de Madrid em 2004 e Londres em 2005? Os terroristas não estão nem aí, afinal o próprio nome define a finalidade de sua existência: terror. Plantam isso em qualquer lugar, sem se preocupar com consequências, apenas assumindo ou negando a autoria de ataques. Qual o “código de ética” que eles seguem? Aliás, se é que existe alguma ou algum tipo de pensamento neste viés.
                Podem não ser terroristas, apenas meros criminosos. Mas com qual finalidade? Estragar os sonhos e vidas de outras pessoas, com um ínfimo, nefasto e sádico sentimento e prazer, o da dor alheia? O que aquelas pessoas, inocentes, fizeram para os causadores desta situação? Não que houvesse outro lugar para plantar o medo e pânico, sendo que nenhum local é passível deste tipo de coisa. É incompreensível e inenarrável a situação que vivo agora. Preso, com uma barra de ferro retorcida em minha perna. E vários corpos sem vida.
                Em um universo paralelo, nós pegávamos o metrô, trabalhávamos, e depois retornaríamos à casa. Sem percalços, confusões ou atrasos. Estou chorando neste momento. Me questionando “por que comigo e essas pessoas?”. Não existe compreensão desta mentalidade insana. Muito menos altruísmo, compaixão e fraternidade. Apenas aconteceu. Sem cerimônias, anúncios ou qualquer prólogo. E agora o resgate chega. Os socorristas choram, passam mal, com estômago embrulhado. Muitos morreram. Eu, com sorte, escapei. Inenarrável.

REDAÇÃO NÃO AVALIADA 

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Dissertação - Homofobia: falácia ou modernidade?

                Roberto Cabrini comandou o último Conexão Repórter abordando o famigerado tema da homofobia. Para tanto, entrevistou agressores, vítimas e defensores ideológicos. De um lado, o ativista e intelectual Jean Wyllys (PSOL-RJ), 41, homossexual. No outro, o destemido Jair Messias Bolsonaro, (PP-RJ), 60, pai de quatro homens e uma menina de 04 anos de idade. Ambos já marcaram o cenário político com declarações em diversos âmbitos, mas algumas convergem para o mesmo ponto. Sendo assim, homossexualismo: falácia ou modernidade?
                O grupo Carecas, composto por encapuzados de cabeça raspada e mente voltada ao ódio e agressão aos membros da diversidade, afirma que “Deus fez o homem e a mulher; o homossexual é obra do Diabo; festas gays promovem a promiscuidade, há presença de drogas e doenças são proliferadas”. Indagados sobre o caso de um filho nascer homossexual, disseram que “educação vem de casa, e com certeza ele não seria”. Claramente, uma gangue de atitudes repudiáveis e que precisa ser parada.
                O ex-integrante do Big Brother Brasil, que ganhou certa notoriedade ao assumir sua condição em rede nacional e tornar-se defensor da causa homossexual, alcançou o cargo de Deputado Federal em 2011. Notavelmente, percebe-se que o mesmo usou de sua condição “revolucionária” para construir a carreira pública, usando propostas inovadoras como o contrapeso para a ausência de experiências prévias. De vez em quando, faz declarações um tanto desconexas, bem como exclui postagens de repercussão em redes sociais.
                Jair Messias Bolsonaro é Capitão da reserva do Exército Brasileiro. Com carreira política edificada desde 1988, conseguiu o passaporte à Brasília em 1990, onde permanece até hoje como Deputado Federal, com o gabinete repleto de referências à direita e ataques ao governo petista. Protagonizou duas polêmicas com a deputada Maria do Rosário (PT-RS), não tem papas na língua, realmente fala o que pensa, e no ano passado mandou que um avião cruzasse os céus do Rio de Janeiro, no dia 31 de março, com uma faixa sobre os 50 anos do Golpe de 64.
                Os dois políticos colocaram as cartas na mesa. Explicaram seus ideais, os motivos que os levam a defender seus pontos de vista e receberam perguntas um pouco árduas, como “e se o seu filho fosse homossexual?” e “você toparia debater o projeto com o Deputado Bolsonaro?”. Wyllys mostrou-se prepotente e arrogante ao afirmar que “jamais discutiria o projeto com ele, mesmo se estendesse a mão”. Já Bolsonaro disse que “a educação vem de casa, e não vejo palmadas e puxões de orelha como porrada; mas um mero corretivo”.
                É visto desde os anos 80 o surgimento de ícones populares homossexuais, como Freddie Mercury (Queen) e Cazuza, que gravou uma música com referência ao tema em 1984. Tal condição não os tornou piores nem melhores, apenas era um fator adjacente. O filme “Cruzeiro das Loucas” apresenta um momento de insight do personagem de Horatio Sanz (Nick), que percebe que embora os presentes fossem gays, isso não tirava o mérito deles; um era advogado criminal, outro paraquedista e havia um bombeiro.
                O “só não vale dançar homem com homem, nem mulher com mulher -  o resto vale” ecoa desde 1983 na voz de Tim Maia, mostrando implicitamente as ideologias da época (anos finais do Regime Militar) e da sociedade em geral, que estavam ganhando novos ares (ao final do clipe com Sandra de Sá, é dada uma nova ordem; “liberou geral, agora vale tudo”). O que acaba sendo afirmado na música dos Mamonas Assassinas, com a célebre “abra sua mente, gay também é gente”.
                O homossexualismo é tido como falácia ao confrontar um sistema que vem se perpetuando desde sempre, que é o da família tradicional, composto por pai, mãe e filhos. Muitos não conseguem enxergar um núcleo familiar com dois homens ou duas mulheres e um filho. Até porque, como apareceria esse filho? Pode ser por adoção, barriga de aluguel ou fertilização (no caso do casal feminino). Também é difícil começar a inserir esse modelo no sistema educacional, ainda mais para uma criança de cinco anos, com pouca noção do mundo.
                No entanto, há uma corrente movida pelo ideal “o filho que dois diferentes geram, não querem e maltratam, os dois iguais adotam, cuidam, amam e educam”, além de defender a quebra de paradigmas e afirmação da diversidade, lastreada pela liberdade de expressão, ir e vir e igualdade perante a lei. Tempos mudam, a televisão acaba mostrando o beijo gay na televisão como uma vitória perante os “defensores da família brasileira”, difundindo isso em horário nobre e com picos de audiência.
                Finalizando, uma das soluções para esse tema seria o intenso debate a respeito, deixando orgulho de lado e apontado prováveis meios de conciliação e convergência de ideais, para que todos sejam agradados e não haja efeitos colaterais. Muita coisa precisa ser revista. O ordenamento constitucional ainda não prevê a unidade familiar composta por dois iguais, embora diga que “todos são iguais perante a Lei”. Paradoxos e paradigmas podem e devem ser quebrados, para que a modernidade e a falácia tomem um rumo: igualdade de gênero.   

REDAÇÃO NÃO AVALIADA.         

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Artigo de opinião - O que é o amor?

                Após Haddaway realizar esta pergunta com a música homônima lançada em 1993, e Chris Kattan, Jim Carrey e Will Ferrell realizarem hilária performance no Saturday Night Live de 23 de março de 1996 – com o debut de uma sketch de “Os estragos de sábado à noite”, que viraria filme em 1998 – onde os atores balançam a cabeça em ritmo, todo e qualquer ser sente uma necessidade, intensa ou não, de encontrar uma alma gêmea, alguém para compartilhar os momentos da vida. Sendo assim, a pergunta é repetida em seu formato original: what is love?
                Charlie Harper, solteirão de vida mansa, que trabalha pouco e recebe muito, tem carros importados na garagem, dorme com mulheres maravilhosas – sem se importar com sentimentos, e tem uma casa na praia de Malibu, Califórnia, afirmou em certo episódio de “Two and a half men” que “o amor não é cego; ele é retardado”. Tal frase faz certo sentido, pois visto do ponto que alguns casais, que claramente não combinam, acabam dando certo, mas não por interesses; eles simplesmente convivem, sem outro olhar.
                Por mais ridículo que seja, Psirico samba na cara do Rei do Camarote ao contar a história de um cara que não sabe mais o que fazer, pois a empresa atrasou o salário, não tem mais pra onde correr; o locador efetuou o despejo por falta de pagamento, e o carro – alienado fiduciariamente – foi tomado pelo banco. E que agora vai tentar ver se é dinheiro, amor ou cumplicidade. Mas claro que se ficar com ele é porque gosta do “rá rá rá lepo lepo” (leve para o lado que achar conveniente).
                Tirando a parte de exemplificações e partindo para um viés mais concreto relacionado à questão do amor, eu não sou a melhor pessoa para definir este sentimento, mas também nenhum ignorante sobre isso. Embora pareça utópico, ainda acredito nas histórias mostradas em filmes e romances literários, mas nada do “príncipe no cavalo branco que vem e fica com a mocinha”. Tenho certa dificuldade para descrever porque não aprofundei minha vivência neste quesito, mesmo que já tenha passado por determinadas e pontuais situações.
                Tim Maia relata muito a dor de um amor não correspondido e traições. Canções como “Gostava tanto de você”, “Me dê motivo” e “Se me lembro faz doer” podem ser o ápice da fossa amorosa. Barbaridade, é muito triste. No episódio da série “Por toda minha vida”, entrevistados dizem que ele amava verdadeiramente as pessoas com quem conviveu, por isso a “sofrência”. Versos como “e de tristezas vou viver”, “até que a mulher que a gente ama, vacila” e “ah, toda vez que você aparece, ah, se me lembro faz doer” geram lágrimas em qualquer decepcionado.
                É difícil descrever o que é exatamente o amor. Mas vamos tentar; é quando duas almas se encontram por acaso, ou por intermédio de alguém em comum, identificam-se quase como um espelho e começam a conversar e conviver, apesar de comentários maldosos e dificuldades que outros adjacentes possam criar. Claro que dificuldades entre os dois aparecem. Mas... tudo se esvai. E por fim, se sobressaem e a união prevalece. Pode ser um artigo que não somou muito conhecimento, sendo a vida o grande professor sobre tal assunto.

REDAÇÃO NÃO AVALIADA.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Dissertação - Perdendo a infância?

                É tão engraçado ver como algumas pessoas conseguem estragar um ritmo musical que era considerado tão bom, com letras sem sentido, vulgarizando mulheres, cultuando a contravenção e o crime e idolatrando bandidos, além da ideia ridícula de “ostentação”. Esse é o atual cenário do funk no Brasil, o que faria James Brown, um dos pais do gênero, se revirar no túmulo. Quando tais palavras saem da boca de um adulto com pouco grau de instrução, é duro dizer que pode ser compreensível. E vindo de um menino de 12 anos? Pedro Maia Tempester, conhecido pela alcunha de MC Pedrinho, é um desses. Mas como sua infância pode ser perdida?
                Nascido em 3 de maio de 2002, o MC começou sua carreira “artística” em meados de 2014, e ganhou notoriedade após uma sóbria decisão da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Fortaleza/CE, após pedido do Ministério Público, que cancelou um show que seria realizado no município. As letras, que contém forte apelo sexual e apresentam a ostentação, foram consideradas inadequadas e vulgares, de acordo com o parecer do promotor Luciano Tonet. O problema não foi a promoção ministerial, muito pelo contrário; foi a cegueira por parte dos pais, que apoiam o menor a qualquer custo, sempre em defesa de seus interesses. Oras, que cultura é esta que está sendo criada?
                A infância das crianças está sendo perdida por causa de redomas criadas que servem apenas para o aumento do descontrole dos infantes, que passam a agir como se pudessem tudo, como se não houvesse punição e muito menos amanhã. E convictos de que alguém vai o aplaudir e legitimar. A autêntica criação de um delinquente. No caso de Pedro Maia, o caráter sexual de suas músicas mostra claramente o ato de superestimar uma coisa que é, digamos, natural, que acontece uma hora ou outra na vida de um indivíduo. E algo que é parte da profissão mais antiga da humanidade.
                Com o advento de “leis da palmada”, campos de correção de filhos, entre outros acontecimentos, isso mostra cada vez mais o despreparo por parte dos pais em criar uma criança. Deixam que o menor faça o que, como e quando quiser, alimentando um futuro de ingratidão e desobediência, além de um viés criminal, em certos casos. A tenência na vida de muitos pais e filhos é o que mais falta atualmente. E é preciso, urgentemente, de alguém apto para dar aquele “tapa na cara” e dizer “isso tá errado”. A lucidez é mais que necessária nesse âmbito. Será mesmo que as crianças são o futuro do país?

REDAÇÃO NÃO AVALIADA

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Artigo de opinião - Camarotizando

                Anunciado pela Veja São Paulo em 1º de novembro de 2013, Alexander de Almeida ganhou notoriedade por ser um empresário de 39 anos, dono de uma Ferrari 458 Italia, que gasta “de R$ 5 mil até o infinito”, que em seu camarote tem que ter mulheres bonitas (e caso não tenha, é o mesmo que comprar um Boeing e pôr um piloto de teco-teco), e conta coisas “pesadas” (como se ninguém nunca tivesse feito o que ele conta, principalmente em uma casa noturna). Após ganhar a alcunha de Rei do Camarote, a dúvida pairou sobre sua existência, sátiras foram feitas, emissoras de televisão investigaram sua privacidade, Lorenzo Carvalho (hoje endividado) foi apontado como “o real Rei do Camarote”. A FUVEST, em seu último vestibular, apontou um tema de ampla repercussão: a “camarotização da vida”, o que gera uma boa avaliação do nosso patamar social na atualidade.
                Hoje tudo precisa ser compartilhado; eu preciso mostrar que estou em tal lugar, com aquela pessoa, bebendo esta marca, comendo um belo prato e dizer “vida difícil”. Enquanto isso, pessoas passam fome, estão em orfanatos à espera de uma família, trabalham até altas horas em ambientes insalubres para no fim do mês ganhar um salário mínimo, policiais – com escasso treinamento – trocam tiros com criminosos, bombeiros resgatam, médicos salvam e tratam. Há todo um mundo correndo enquanto você está aí, descansando e jogando na cara dos outros que essa boa situação é, ironicamente, uma “vida difícil”. Ah, e não podemos esquecer que tudo isso vem acompanhado de uma foto, tirada a partir de um smartphone, que está sincronizado a um controle remoto e acoplado a um chamativo “pau de selfie”. Meu amigo, eu posso pedir pra outra pessoa tirar a foto, ou simplesmente usar meu braço.
                Conforme Cauê Moura cita em seu vídeo “Agregando valor à futilidade”, ostentação em um país como o nosso chega a ser ofensivo, pois você joga na cara que gasta em uma noite algo que alguns cidadãos não ganham em cinco ou seis anos. Na região de São Paulo, onde o funk deste gênero (ecoado a partir de indivíduos que não possuem nem uma Honda CG e já falam em Suzuki Hayabusa) bomba, nota-se a capacidade do ser humano em juntar o que é desnecessário com o que não precisa. É redundante, mas é exatamente o que as canções pregam; a riqueza em reiteração, para gerar a atração feminina e de mais alguns “mano da quebrada”. E esses “castelos de ostentação” são tão falsos que nem o homem mais rico do Brasil, Eike Batista, conseguiu manter de pé; após operações deflagradas pela Polícia Federal e bloqueio de bens e valores pela Justiça, sua fortuna chega a ser negativa.
                E claro, hoje até quem está na pista consegue “ostentar mais do que o Eike Batista”. Algumas coisas eu até copio do Rei do Camarote, como pegar duas garrafas de bebida qualquer e erguer, da mesma forma que é efetuada no vídeo da Veja São Paulo, por mera gozação. Não se pode confundir o relato de momentos com ostentar. É preciso que as coisas sejam separadas, para não criar confusão e mal entendido com o presente artigo. O que não deve ocorrer é essa espécie de moda e orgulho que os indivíduos possuem de seguir o que está no topo, o que é evidenciado pela mídia em geral. Existem coisas tão simples que viraram símbolo de riqueza, poder e “camarote”. É aí que a “camarotização da vida” segue seu rumo, seja pelo mísero “pau de selfie” ou qualquer outra coisa que esteja na moda. É vital o discernimento acerca deste assunto, sendo que da maneira que está a “escalada pela ostentação”, há pouca esperança.

REDAÇÃO NÃO AVALIADA.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Dissertação - Vingança

                O gênio da filosofia Seu Madruga disse certa vez que “a vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena”. Uma das mais célebres frases, repetida diversas vezes por fãs da série Chaves, e aplicado como norte na vida de algumas pessoas um pouco mal resolvidas com seu passado. No entanto, esse sentimento pode ser algo ruim que se torna bom, e até servir como uma espécie de redenção. Afinal, qual a plenitude da vingança?
                Suponhamos que um estudioso gosta de certa pessoa, mas ela esnoba-o sempre. Os anos passam, o indivíduo está estabelecido, bem de vida, e a outra não vive dias bons. Este seria um caso de “viu, eu bem que podia te dar uma vida digna, um autêntico mar de rosas, mas não”. Quase que um “vish, bem feito”. Este seria um exemplo de redenção vingativa.
                Mas isto é realmente necessário? É preciso que as pessoas passem a vida com remorso e rancor, para, em um dia distante, ver o outro, olhar pra trás e “jogar na cara” que é melhor que o próximo, que se esforçou e atingiu certo patamar, estando melhor que todos aqueles que riram ou zombaram no passado? Cria uma falsa satisfação pessoal, uma espécie de prova de que venceu na vida. Só falta confeccionar um cartaz para tal.
              O vingativo tem um espírito medíocre. Aquele que sempre guarda cada coisa, cada momento, para usar contra o outro no futuro. Uma espécie de policial dos cinemas, que efetua uma prisão, afirmando que “tudo o que disser será usado contra você no Tribunal”.  Há casos específicos em que é tolerável uma comparação, mas em sentido estrito, e com fins de avaliação de situações.
                Vingança é um prato que se come frio. E que gera uma tremenda indigestão depois. Não faz sentido, essa espécie de satisfação pessoal não leva a nada. Apenas transforma os seres em arrogantes e soberbos. O balanceamento de casos é de responsabilidade de cada um, levando em conta todos os aspectos, dosando racionalmente. Faleceu em 1988, mas deixou uma eterna lição a todos nós; Seu Madruga nunca esteve tão certo.

REDAÇÃO NÃO AVALIADA 

domingo, 26 de outubro de 2014

Reflexão - Ame-ou ou deixe-o

                Tivemos uma eleição conturbada. De um lado, o “coração valente”, e de outro, “92% de aprovação em Minas Gerais”. A menor margem da história em um segundo turno, desde a primeira eleição direita após o Regime Militar, em 1989. Pelos próximos quatro anos, teremos Dilma Rousseff como condutora do Brasil. Durante as campanhas, tivemos alguns incidentes, como o acidente de Eduardo Campos no dia 13 de agosto, às 13 horas, a candidatura de Marina Silva, os embates ideológicos entre Levy Fidelix, Luciana Genro e Eduardo Jorge, e inúmeros resultados errôneos em pesquisas, realizadas por instituições que possuíam certa credibilidade.
                Amizades foram desfeitas, confrontos pessoais foram travados e a discórdia foi plantada. Ao passo que religião e futebol são polêmicos, a política é mais uma responsável por esta pancadaria verbal e ideológica, culminando nos turnos de eleição. Havia um sentimento de mudança, de “mostrar o papel dos protestos”, colocar um ponto final nos escândalos de corrupção. Creem que foi tudo em vão. Aécio Neves chegou ao segundo turno, mas acabou derrotado. Só nos resta aceitar a situação e seguir de cabeça erguida. Pode ser um tanto repetitivo, mas é necessário. Votei naquele que não apresentava discursos levianos e melancólicos.
Não devemos ter vergonha de morar por aqui. Não se pode xingar os moradores de determinada região por elegerem um candidato por unanimidade. Escolheram aquele que melhor representava-os, assim como o Sul escolheu aquele que estava a par das ideias e condições dos eleitores residentes naqueles estados. A urna eletrônica é onde todos convergem para a mesma situação, independente de condição financeira ou de pensamento. Estamos falando do futuro, esqueça o passado; ele sempre estará com nós, e nunca morrerá. E, acima de tudo, devemos amar e respeitar nossa pátria. Eu amo o Brasil.




segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Reflexão - Lost memories (inglês)

Remember when we meet up at school, in the hallways? All the conversations, laughs, hugs... for what? Am I not good enough to be your boyfriend? The favors, help at some subjects, some homework, even life advices... Did you forget everything? I supported you every time since he left the country. Since he told you, he will be back some years later. I taught you could give me a chance to proof you that I can make you the happiest girl in the whole world. I just need a shot. The shot of love. However, you always evaded the opportunities I had to show that. I try to understand you all the time, but we can go to a certain point. Through that, we get tired and rusty. I wanted to be with you alone, and talk about the weather (even if it sounds like a 80`s music). Why I love you? I could select any girl, but… you`re special. More than you can imagine. I hope you are reading this. In addition, I hope you miss me, even I have some defects (but anyone can improve) and even I`m not the idealized person that you bear in mind. I can`t change. Just be better than I am…

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Dissertação - Desvio de conduta

                O mundo civilizado atual possui de tudo. Tecnologias, desenvolvimento humano, políticas em diversos âmbitos, globalização, integração entre povos, entre outras inúmeras características que podemos citar. Ainda assim, com todos estes benefícios, algumas pessoas ainda usam de condutas animalescas e selvageria, e sem o mínimo discernimento, cometem atrocidades em plena luz do dia, para uma (falsa) obtenção de justiça. Como analisar os fatos recentes que ocorreram no Brasil?
                O motivo que pode ser o mais ecoado é “ausência/negligência estatal para com a segurança pública”. Em termos. Santa Catarina, por exemplo, recebeu milhões em investimentos, com o chamado Pacto por Santa Catarina. Outros estados também investem pesado na garantia da paz e tranquilidade. O problema recairá, como sempre na educação. Um povo que não é instruído acaba cometendo atos como apresar um indivíduo em um poste, espancar outro por causa de roubo ou até mesmo matar alguém.
                A falsa ideia de justiça é gerada em casos como esse. Mataram uma pessoa que não tinha nada a ver com outra, por causa de um rumor de rede social e uma foto. Certo grupo viu uma mulher parecida, começou a acusar. Outros viram, gerou o linchamento, e a morte. Sob a luz do Direito, os autores do fato são capitulados pelo artigo 121, parágrafo 2º, inciso 1º, do Decreto-Lei 2848/1940, o Código Penal. Homicídio qualificado, por motivo torpe, gerando pena de reclusão de doze a trinta anos.
                A sociedade precisa ser mais racional para qualificar a aplicação da lei e a justiça. Não podem existir “justiceiros”. Não existem juízes “de justiça”. Existem instrumentos estatais para a garantia da ordem, proteção e coerção sociais, atribuições da Polícia Militar e do Poder Judiciário. Os juízes aplicam uma das maiores ciências humanas que existem, o Direito. Não se pode ser tão afobado a ponto de “quebrar alguém” na rua por causa de alguma coisa. É preciso calma. Como todos dizem, “a justiça tarda, mas não falha”.

REDAÇÃO NÃO AVALIADA